Na manhã dessa segunda-feira (23), aconteceu em Curaçá
uma audiência pública que teve como pauta a situação do matadouro da sede do
Município, interditado desde o fim do mês de abril, e ainda dos que estão
localizados no Distrito de Riacho e no Povoado de Pedra Branca. O Evento foi
realizado na Câmara Municipal (CM), reunindo representes dos poderes executivo
e legislativo, marchantes e sociedade civil como um todo, além de
representantes de instituições: Associação de Defesa Agropecuária da Bahia
(ADAB); Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e do Matadouro
Campo Gado de Juazeiro.
A Audiência teve início às 9h30, sob coordenação do
Presidente da Câmara de Vereadores, José Henrique, o qual realizou a abertura
dos trabalhos e passou a palavra para a mesa, composta por: Maria da Paz
(Vereadora); Alexandre Santos (Secretaria de Saúde); o Secretário de
Desenvolvimento Rural (SMDR), César Mendonça; o Chefe de Departamento Pecuária
da SMDR, Marcos Vinícius Borges; Valtércio Leal (ADAB) e Gustavo Machado
(Abatedouro Frigorífico - Campo Gado de Juazeiro). Também estiveram presentes
os vereadores: Wanderley Loureiro, Beto Araújo, Deroaldo Franco, Jucileide de
Lima, Laerty Tanurio, Greiciane Araújo, Januário Ferreira, Flamber Feitosa e
Theodomiro Mendes. Januário ressaltou que Curaçá é referência em caprinos e
ovinos. “A situação precisa ser resolvida, pois o Município inteiro perde com o
problema dos matadouros”, disse. Representante do Jurídico da CM, Pablo Lopes,
tratou da celeridade e viabilidade na resolução da situação. Em seguida, Marcos
Vinícius apresentou, por meio de slide, a realidade atual do matadouro de
Curaçá e a necessidade de adequação, diante das exigências impostas pelas
fiscalizações. Anselmo Vital (Inema) ressaltou que os matadouros de Curaçá
estão localizados em Áreas de Preservação Permanente (APP), próximos ao Rio São
Francisco, sugerindo a viabilização, junto aos deputados, de emendas para a
construção de um matadouro que atenda as demandas do Município. “Existem
culpados sim, pois o problema vem se arrastando por várias gestões”, disse o
Vereador Theodomiro Mendes. Valtércio Leal sugeriu que o abate fosse realizado
por empresas privadas. Nesse momento, Gustavo Machado exemplificou os preços
para se abater animais em Juazeiro e convidou os marchantes para visitarem o
matadouro Campo Gado, bem como destacou que cederia uma câmara fria para o
armazenamento das carcaças dos animais. “É inviável o abate em Juazeiro, pois
as carnes vão ficar com preços altíssimos, mesmo que a Prefeitura arque com
custo de transporte, como foi apresentada essa possibilidade”, disse o Vereador
Beto. Os marchantes também discordaram da possibilidade. “Não temos como arcar
com o transporte desses animais dos distritos para Juazeiro”, destacou João
Ventura. O Técnico Agrícola Ticiano Félix também se posicionou contra a
privatização de parte do serviço. “Precisamos pensar em uma maneira mais viável
para construir o nosso matadouro, nem que seja com uma planta mais simples”,
comentou. Wilson Costa, filho de marchante, da Fazenda Cerca de Pedra, lembrou
que é preciso zelar pela sanidade do animal e da carne comercializada. “Multas
serão aplicadas ao produtor que descumprir as determinações”. Januário Ferreira
e Beto Araújo também defenderam a construção de um matadouro.
Ainda durante o Evento, os vereadores sugeriram a
formação de uma comissão composta por marchantes, produtores rurais e membros
dos poderes Executivo e Legislativo (representado por Flamber Feitosa), com o
objetivo de realizar reunião no gabinete do Prefeito Carlinhos Brandão. A
Audiência foi finalizada por volta das 14h. Em seguida, a Comissão seguiu para
a Prefeitura, a qual foi recepcionada pelo Gestor Municipal. Na oportunidade,
foi sugerida uma reunião com o Ministério Público para discutir um possível
Termo de Ajuste de Conduta (TAC), de acordo com as condições do Município, até
que o problema seja solucionado. “Nós entraremos em contato com o Ministério
Público e vamos nos esforçar para que o nosso matadouro esteja o melhor
possível e atenda a população”, complementou o Prefeito Carlinhos Brandão. “Se
houver a necessidade de construção de um matadouro, a Câmara de Vereadores será
favorável à aprovação de um financiamento”, disse Flamber. “Nessa reunião com o
Ministério Público também há a necessidade de participação de representantes do
Inema e da ADAB”, disse César Mendonça. O Encontro foi finalizado às 15h.
Informações da Assessoria de Comunicação da Prefeitura
de Curaçá
Venho deixar minha especial audiência!
ResponderExcluirSou de Itaporã, Mato Grosso do Sul, e visitei este blog como resultado do meu interesse em mídias locais de outros estados e países. Meu blog é modelo de um jornalismo baseado nessa forma de apuração.
Veja o que escrevi sobre o assunto:
http://victorteixeiraaborda.blogspot.com/2016/06/outro-preco-que-os-pecuaristas-nao.html