10 de abr. de 2015

PROBLEMÁTICA DO LIXO É DISCUTIDA EM CURAÇÁ

Na tarde dessa quarta-feira (8), estudantes da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), ligados ao Programa de Educação Ambiental, promoveram debate sobre a problemática do lixo em Curaçá. O encontro aconteceu no Colégio Estadual José Amâncio Filho (CEJAF), reunindo alunos do Curso Técnico em Agropecuária, membros da Cooperativa de Catadores (Cooparc) e representantes do poder público.   

O Evento foi iniciado com o relato dos catadores, os quais externaram suas dificuldades. Um assunto bastante abordado foi a separação do lixo nas residências. “É importante as pessoas estarem separando os materiais secos dos molhados. Isso facilita bastante o nosso trabalho, uma vez que o catador só vai manipular o lixo seco, a exemplo de plásticos, papéis e alumínios”, comentou o Coordenador da Cooparc, Clébio Jatobá. Em seguida, Naedja Ferraz (Univasf) explanou a respeito da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei nº 12.305/10, que visa o manejo adequado dos resíduos sólidos (materiais que podem ser reaproveitados), estimulando a reciclagem, a destinação correta dos rejeitos (o que não pode ser reciclado) e a extinção dos lixões. “Os resíduos sólidos são de responsabilidade de todos, pois todo mundo gera lixo. O poder público, os catadores ou a sociedade civil devem se envolver, pois cada um tem suas competências”, afirmou Naedja, acrescentando que, ainda conforme a Lei, os aterros sanitários são os locais adequados para o descarte dos resíduos. “Nesse ambiente, é feita a compactação do lixo e a drenagem do chorume, o líquido viscoso oriundo da decomposição dos resíduos; evitando assim a contaminação dos lençóis freáticos”, ressaltou. 

Ainda durante o Evento, foi abordada a ‘compostagem’ como alternativa viável para a destinação de materiais orgânicos, como restos de verduras, cascas de ovos, entre outros. “O material é colocado num vasilhame adequado e se espera a decomposição, que é realizada por fungos e bactérias. Depois, esse produto pode ser utilizado para adubar as plantas. É importante frisar que alimentos gordurosos e com excesso de sal ou açúcar não devem ser utilizados nesse processo”, explicou o universitário Heitor Rodrigues. Em seguida, os presentes foram convidados a conhecer a técnica que permite a transformação de óleo de cozinha (propício à contaminação do meio ambiente) em sabão caseiro. “Todos esses assuntos são muito importantes para nós alunos e a comunidade como um todo. Estamos aprendendo, aos poucos, a cuidar da natureza”, disse a estudante Geisa Pereira (CEJAF). Por volta das 16h, houve um bate papo com a presença da Chefe do Setor de Meio Ambiente da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural, Ivanilde Gomes, a qual enfatizou que o Plano Municipal de Resíduos Sólidos (exigência do Governo Federal) está em fase de elaboração. “A Lei precisa ser cumprida, senão seremos punidos. Já em relação aos aterros sanitários, eu estive em Salvador e já tenho o parecer de que a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano está atuando junto às empresas responsáveis por essa questão aqui na Bahia”. O Evento foi finalizado por volta das 17h30.   

Informações da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Curaçá

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