Nesse sábado (28) aconteceu a
solenidade de lançamento do livro ‘Barro Vermelho – memória e espaço’ do
Escritor, Pedagogo e Jornalista curaçaense, Maurízio Bim. Essa é uma das suas
sete produções literárias, todas elaboradas da década passada para cá. O Evento
se deu à noite, no Memorial Filemon Gonçalves – MFG, no Distrito de Barro
Vermelho, 54 km da sede curaçaense, com presença de aproximadamente 30 pessoas,
maioria residentes do povoamento, parentes e amigos do Escritor. Também
estiveram presentes: o Diretor regional do Instituto do Meio Ambiente da Bahia
– INEMA, Anselmo Vital; o Presidente da Associação Comunitária local, Uilton
Oliveira; o Representante Distrital de Barro Vermelho, Gilson Santana e o
Diretor Municipal de Cultura, Sérgio Ramos. Durante o Lançamento, ocorreu uma
exposição de quadros do pintor Kekê de Bela, homenageando ‘João Gilberto’, como
também apresentações fotos e músicas, além do tradicional coquetel.
O ambiente do Memorial, já
repleto de elementos culturais, como instrumentos da Filarmônica de Barro
Vermelho e fotos de artistas como Adelmário Coelho, recebeu a exposição dos
quadros de João Gilberto, o qual tem parte da família oriunda daquele Distrito.
Conforme dados dos residentes dali, era comum ele tocar em Barro Vermelho nas festas
de casamento e batizados de familiares quando jovem. Músicas conhecidas do seu
repertório foram tocadas ao fundo enquanto o público apreciava as telas.
Depois, Maurízio começou a explicar a respeito da pesquisa que se transformou
em Livro. Falou do prefácio, elaborado por outro escritor curaçaense, Walter
Araújo Costa; e evidenciou o homenageado na Obra, o Capitão João Honório, o
qual foi fundador da maior festa popular e religiosa do Distrito, a Festa de
São João Batista, e também foi enfrentante na construção do templo local e
co-fundador da Sociedade e Banda Filarmônica 15 de março, tudo isso no início
do século XX. Após, Maurízio explicou o texto: “Barro Vermelho nasce como
outras comunidades rurais de tradição católica na caatinga, tendo base econômica
voltada para a pequena agropecuária e busca por metais preciosos, especialmente
na Serra da Borracha. A partir de Francisco Gonçalves Martins de Brito e Josefa
Maria da Conceição, fundadores da Fazenda que depois virou ajuntamento, no
início do século XIX, e vila, mais tarde distrito já a partir de 1911, é que
surge o Barro Vermelho”, disse Maurízio. Conforme o Jornalista e Pedagogo,
Barro Vermelho teve população razoável e certo progresso após virar distrito.
“O comércio era desenvolvido e variado, inclusive com feira reconhecida
regionalmente. Muitos fatores fizeram com que isso ficasse no tempo e o local
passasse a enfrentar grandes dificuldades e êxodo de habitantes. Atualmente o
Distrito vem se recuperando com acesso a água potável, investimentos públicos e
privados, mas ainda com raras oportunidades de empregos, o que tem como
consequência a saída de habitantes, especialmente os jovens”, relatou o
Escritor, o qual ainda evidenciou dados geográficos, biológicos e aspectos
econômicos relativos ao Barro Vermelho e grandes obras (como a Adutora do
Forró). Por fim, falou de aspectos e eventos culturais, defendeu o turismo como
finte de renda e agradeceu o apoio de todos os presentes. Devido o tempo
avançado, não foi aberto o espaço para comentários do público, o qual foi
convidado, pela Professora Dionária Bim, a prestigiar o tradicional coquetel
com oferta de lanches.
O Evento, que recebeu o apoio
da imprensa local, de amigos e parentes de Maurízio, da Prefeitura Municipal de
Curaçá, do SAAE de Curaçá e de Anselmo Vital, terminou por volta das 22h.
Informações da Assessoria
de Comunicação da Prefeitura de Curaçá
Fotos: Caialla Fonseca
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