A aprovação da Ficha Limpa para as eleições de
2012 impulsionou grupos como o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral
(MCCE) a pressionar para que a regra não fique restrita aos cargos eletivos,
mas também às nomeações para o segundo escalão.
A ideia é exigir dos candidatos a prefeito em
outubro que estendam a exigência de probidade para todas as instâncias da
máquina pública municipal. “Não adianta um prefeito ter a ficha limpa se ele
monta seu secretariado com correligionários que tenham a ficha suja. O mesmo
vale na esfera federal; se o presidente tem que ter a ficha limpa, seus
ministros também devem ser escolhidos com base nesse critério”, afirma Marcelo
Laverne, do MCCE.
No governo federal, o assunto já está em
debate desde outubro. A iniciativa é da Controladoria-Geral da União (CGU), que
dialoga com a Casa Civil, Ministério da Justiça, Secretaria de Relações
Institucionais (SRI) e Advocacia-Geral da União (AGU) para a elaboração de um
decreto presidencial para reger essa questão.
Uma das sugestões do ministro-chefe da
Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, é de que sócios-dirigentes ou
administradores de empresas consideradas inidôneas não possam ser indicados
para cargos na máquina federal.
Os partidos também foram obrigados a
adaptarem-se aos novos tempos. Eles terão de refazer seus planejamentos,
replanejar os apoios eleitorais e a política de atração de filiados para
concorrer nas eleições de outubro. Tudo isso deverá estar pronto até junho,
quando iniciam as convenções partidárias para a definição dos candidatos a
vereador e prefeito em todo o país. (Correio Braziliense)
Nenhum comentário:
Postar um comentário