27 de ago. de 2013

GRUPO DE MULHERES DA FAZ. ESFOMEADO DÁ EXEMPLO DE EMPREENDEDORISMO

Um grupo de mulheres da comunidade de Esfomeado II, na zona rural de Curaçá, tem demostrando que com coragem, determinação e muita luta é possível produzir e potencializar diversas riquezas presentes no semiárido nordestino. Há aproximadamente dois meses, oito delas vêm trabalhando com o beneficiamento da mandioca, na produção de sequilhos – ideia estimulada por Paulo César, colaborador do IRPAA (Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada).

Antes de começar a produção, as empreendedoras foram ver de perto uma experiência de Maruá, em Uauá (também no norte do estado), e retornaram do intercâmbio dispostas a investir na produção de sequilhos.

Para iniciar o empreendimento, o grupo recebeu orientação de como beneficiar a mandioca. Cíntia Graziela dos Santos conta que os primeiros sequilhos, mesmo no período de teste, já foram comprados pelos vizinhos. “Quando a gente pensava que estava treinando, já estava era vendendo”, comemora.

Toda a matéria-prima para produzir os sequilhos está sendo comprada principalmente de associações, com a ideia de fortalecer outras iniciativas de desenvolvimento coletivo da região. Porém elas pretendem cultivar algumas dessas matérias – a exemplo da mandioca, que foi plantada na propriedade de Ana Paula Borges.

No momento elas confeccionam sequilhos de diversos sabores, como o de erva-doce, limão, laranja, coco e o tradicional. Cíntia explica que o grupo está ampliando ainda mais a variedade e investindo na criatividade do design dos biscoitos para agradar os clientes.

O grupo fala com orgulho da fábrica que está na fase final da construção, lugar destinado para produzir os biscoitos. Enquanto o espaço não fica pronto os produtos são produzidos na casa de uma das empreendedoras, para responder à procura dos sequilhos pela comunidade. O sequilho já é comercializado em mercados de Pinhões, Esfomeado e pretende expandir para mercados de Pilar, Poço de Fora entre outros.

Mercados
Elas também demostram o desejo de conquistar outros mercados, através de políticas públicas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Outra ideia é que o grupo se torne uma associação. Até sigla já foi criada, a AMAF (Associação de Mulheres em Ação da Fazenda Esfomeado II).O empreendimento pretende ajudar no orçamento das famílias do grupo. Esse não foi o único motivo para iniciar o projeto. De acordo com Cristina Ribeiro, existe também o lado social da iniciativa.

“Foi pensando como ato social, de incentivo dentro da própria comunidade, incentivando aquilo que a comunidade é capaz de fazer, de produzir e a partir das mulheres” explica Cristina. A autoestima e a valorização do papel da mulher também serviram de combustível para a formação do grupo. “Pensarmos nas mulheres para dar certa autonomia e tirar aquele caráter de que mulher é só para cuidar de casa, dos filhos, do marido, e não ter uma atividade além disso”, finaliza

Ascom IRPAA

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