A Federação Internacional de Futebol (Fifa) tem até o dia 1º de junho de
2012 para rescindir o contrato que prevê a realização da Copa do Mundo
de 2014 no Brasil sem que pague qualquer tipo de multa ao país sede do
mundial, conforme prevê cláusula 7.7 do Host Agreement (Contrato para
Sediar). Segundo matéria do jornal O Globo, a insatisfação da entidade é
com a Lei Geral da Copa-2014, que foi enviada pelo Planalto para ser
votada no Congresso Nacional na semana passada. Segundo o jornal, se
cogita na Fifa anunciar no próximo dia 5 o cancelamento do evento
marcado para de 20 de outubro, quando o Comitê Executivo da entidade
planeja divulgar o calendário de jogos nas cidades-sedes tanto da Copa
das Confederações-2013 quanto do Mundial-2014. Segundo o contrato para
sediar, a rescisão será aplicada caso as leis e regulamentos necessários
para a organização da Copa do Mundo-2014 não tenham sido aprovados, ou
caso as autoridades competentes não estejam cumprindo as garantias
governamentais exigidas. Itens como ingressos, credenciamento, proteção
ao marketing de emboscada, gratuidades e até transmissão de TV foram
editados em desacordo com o que foi discutido. Um dos pontos que irritou
a Fifa é a exigência do governo federal de que todas as emissoras de TV
do país tenham direito a exibir trechos da Copa do Mundo em
noticiários. Além disso, a Fifa gostaria que o Estatuto do Idoso - que
entre outros direitos concede meia entrada em eventos esportivos para os
maiores de 60 anos - não valesse para o período do Mundial, assim como o
direito a meia entrada para estudantes. A Fifa, segundo o O Globo, já
estaria estudando quais países teriam condições de substituir o Brasil a
tempo para sediar o evento.
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