12 de jun. de 2013

SECA: UNIÃO DAS AUTORIDADES DEVE SER PRIMORDIAL NO COMBATE AOS EFEITOS

Um dos assuntos mais discutidos na Câmara de Vereadores aqui de Curaçá, temas de indicações e requerimentos junto aos órgãos competentes, como Codevasf, Cerb entre outros, é a assistência ao homem do campo neste período de estiagem. Uma notícia que alegrou foi dada na noite desta segunda, 10, durante a Sessão Ordinária pelo Presidente Theodomiro Mendes, dando conhecimento do recebimento de ofício do Conselho Municipal de Defesa Civil – COMDEC, informando as medidas buscadas e tomadas visando amenizar os efeitos econômicos e sociais que afligem a população, principalmente a mais carente da Zona Rural, em razão da periclitante situação.

Segundo o Ofício, assinado pelo presidente da COMDEC, Sr Emanoel Cesar B. Leite, que diz ser objetivo manter a harmonia e transparência entre o Órgão e a Câmara, as medidas adotadas visam criar alternativas no que concerne ao abastecimento de água para consumo humano e, em decorrência do agravamento da situação, até animal. Informa que já foi solicitado aumento da quantidade de carros pipas ao 72º Batalhão de Infantaria e, junto a CAR e Defesa Civil Estadual, 500 unidades de cisternas de polietileno, além de perfuração e instalação de poços tubulares e colocação de dessalinizadores para aproveitamento humano nos que já funcionam com vazão suficiente, além de limpeza e ampliação de barragens comunitárias. Na oportunidade, o presidente da COMDEC pede que os Edis indiquem as localidades de interesse para serem atendidas nos referidos programas, e coloca-se a disposição na criação de projetos para encaminhamento aos poderes constituídos solicitando providências.

A razão de escrever este texto não é promover a propaganda de tais ações, visto que são meras obrigações destas autoridades e órgãos citados, mas o fato da abertura para harmonização entre os poderes em prol duma causa nobre: o atendimento e a assistência as comunidades do interior que sofrem, miseravelmente, os efeitos da seca. Não resta mais tempo para diferenças políticas. Pergunte-se ao cidadão que sobrevive sem salário, que ao meio dia, debaixo de um sol impiedoso queima mandacaru e carrega nas próprias costas todo o fardo para não deixar seu mísero restante patrimônio morrer de fome, se ainda lembra quais as cores das bandeiras usadas nas últimas eleições. Pergunte-se quem tem noção dos valores investidos para uma tal Copa das Confederações, de um minuto de propaganda dos governos nos canais de televisão, do valor da verba de gabinete que recebe um deputado. É hilário saber, ao tempo que é revoltante a burocracia que as solicitações feitas por uma Defesa Civil, ou por um vereador ou prefeito de uma cidadezinha em estado emergencial sofrem para receber liberação dos governos.

E nós, pobres matutos, sortudos por ainda termos um riozionho, mesmo assoreado e poluído pelo sistema que só suga, fiquemos aqui, na torcida pela Seleção e, quem sabe, pela seleção desses projetos!


Por Elias Fonseca

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