Durante os períodos de chuva, a cidade
de Curaçá sofre do problema da água barrenta. “Isso é antigo, desde que o Saae
de Curaçá existe enfrenta isso”, lembrou Washington Andrade, assistente
administrativo e funcionário mais antigo da Empresa. Acontece que o local onde
o Saae capta a água para clareamento fica logo abaixo de dois rios temporários
(Belmonte e Curaçá ou Barra Grande). “Quando chove, esses rios misturam muito
barro e sujeiras na água. A turbidez pula do normal de quatro UTs (unidades de
turbidez) para até 300. Nossos filtros conseguem clarear a água totalmente com
turbidez até 90 UT”, explicou Antonio Alves, Chefe da Estação de Tratamento de
água – ETA, o qual ilustrou: “turbidez é o grau de clareza da água. Zero UT
significa água totalmente clara. A partir de 15 UT, a água já está visivelmente
barrenta”.
Desde que foram construídos, os filtros
da ETA já apresentaram problemas estruturais como o rompimento das estruturas
em fissuras, relatou Jean Marcelo, Diretor do Saae. Esse problema faz com que a
água não filtrada passe direto para a parte da água filtrada e misture tudo.
“Em 2006, foi tentado consertar o problema no filtro 1 e foi pior, pois a
estrutura dele ficou fragilizada e esse ano cedeu. Não dá mais para recuperar.
Estamos praticamente trabalhando com um só filtro, porém esse conjunto de dois
filtros foi projetado para uma população de 8 mil habitantes e já somos quase o
dobro, por isso vem acontecendo falta de água durante o dia na Cidade”, revelou
o Diretor.
A Administração do Saae buscou
solucionar o problema adquirindo filtros modulares. Conforme Washington
Andrade, foi feita pesquisa junto a Recal (Feira de Santana-BA) e Ecosan (Belo
Horizonte-MG). O orçamento passa dos 80 mil reais para atender a demanda de
água da população, “sem acrescer transporte dos módulos e custos de
instalação”, completou o Assistente. “A fábrica pede dois meses para entregar o
produto. O transporte é difícil até Curaçá e deve demorar mais. Fora isso,
ainda tem a instalação que vai levar dias e teríamos o transtorno de faltas de
água durante todos esses dias. Além do custo alto, e de o Saae não dispor desse
recurso, a fábrica não garante água clara com essa turbidez do Rio nos períodos
de chuva, portanto desistimos de fazer a compra. Atestamos que é inviável
técnica, ambiental, econômica e socialmente”, avaliou Jean Marcelo.
Informações: Maurizio Bim - Ascom
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