29 de jan. de 2013

CARNE DE CAVALO PODE ESTAR SENDO COMERCIALIZADA NA REGIÃO


Suspeitas de comercialização da carne de equino  em Petrolina deixa população assustada. Semana passada, boatos na cidade de que a carne de cavalo estava sendo vendida nas feiras livres, mobilizou a atuação policial no município.
A notícia de que um policial militar havia encontrado um cavalo retalhado com cortes semelhantes à de carne bovina traz à tona uma a velha prática de abate clandestino de animais.
 
De acordo com o fiscal da Vigilância Sanitária de Petrolina Jarbas Costa, o órgão não foi notificado da apreensão da carne de cavalo, no entanto, na última quinta-feira (24), recebeu denuncias de moradores do Bairro Henrique Leite da prática ilegal. “Recebemos a informação de que numa residências estava sendo comercializada a carne de cavalo, ao fazermos inspeções juntamente com a polícia não foi encontrado o material e sim carne de suíno”.
 
Costa garante que a Vigilância Sanitária está atenta às questões. “ Estamos intensificando as fiscalizações e atentos às denúncias que chegam”.
 
Não é a primeira vez que circulam boatos da comercialização de carne de cavalo ou de cachorro em Petrolina, Costa inclusive disse que ano passado houve uma denuncia, mas um veterinário constatou que era carne de bode, afastando as suspeitas. “ Pedimos a população que informe a Vigilância Sanitária caso haja alguma suspeita de vendas de carnes clandestinas, e chama a atenção da população para a compra de carnes inspecionadas e seladas pelo matadouro público e por órgãos federais”.
O órgão disponibiliza os contatos (87) 38643694 e e-mail: vigilanciasanitariapetrolina@hotmail.com para a formalização de qualquer denúncia, ou ainda através do 156 (contato da Ouvidoria Municipal). 
 
 
Saiba mais:
 
Brasil é um dos principais exportadores de carne de cavalo
 
Apesar dos preconceitos e tabus que envolvem o produto no mercado doméstico, o Brasil é um dos principais exportadores mundiais de carne de cavalo, com vendas externas no valor de US$ 27,7 milhões, em 2008. Mesmo apresentando queda de 13% em relação ao valor fechado um ano antes, o produto brasileiro vem conquistando cada vez mais o mercado europeu. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os embarques internacionais da carne de cavalo acumularam alta de 465% desde 1990. Em 2008, o Paraná teve a maior participação nas exportações de carnes, representando 47% ou US$13.209.692 do total exportado. Seguem o Rio Grande do Sul, com 42% (US$ 11.592.807), Minas Gerais com 10% (US$ 2.774.807) e São Paulo com 1,0% (US$ 164.434).
 
Os grandes compradores da carne de cavalo brasileira são a França, Itália e Bélgica, países onde o produto é consumido sem reservas, ao contrário do que ocorre no mercado doméstico. Com um alto teor de ferro e menor presença de gordura, a carne de cavalo é ligeiramente mais avermelhada do que a carne bovina e tem paladar mais adocicado. “Quem viaja muito ao exterior pode ter comido a carne de cavalo sem saber. Ela é muito utilizada na confecção de embutidos, ou mesmo servida durante as refeições em receitas tradicionais”, conta o agrônomo Roberto Arruda, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz, da Universidade de São Paulo (USP). No Brasil, a comercialização do produto não é proibida, mas o professor garante que as grandes fabricantes nacionais de salame, salsicha ou mortadela não utilizam a carne de cavalo como ingrediente. “A produção nacional é totalmente vendida no exterior, não teríamos nem escala adequada para atender essas empresas”, afirma Arruda.





































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