4 de dez. de 2012

CONTA DE LUZ DEVE CAIR 16,7% EM MARÇO

O governo prevê que a conta de luz ficará, em média, 16,7% mais barata, informou o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, nesta terça-feira (4).

A redução ficou abaixo do pretendido inicialmente pelo governo federal, que anunciou em setembro a intenção de reduzir as tarifas em cerca de 20%, em média.  
Essa queda será sentida pelo consumidor brasileiro em março do ano que vem, segundo o diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner.
Segundo Zimmermann, 100% das concessões de transmissão com vencimento entre 2015 e 2017 foram renovadas, bem como 60% das de geração. Entre as geradoras que não aceitaram a renovação de contratos estão Cesp, Cemig e Copel. As renovações faziam parte do projeto do governo para baixar a conta de luz.
As empresas que concordaram com a proposta do governo assinaram os novos contratos hoje, em Brasília. 

O que as concessões das elétricas têm a ver com a conta de luz mais barata?

Na véspera do feriado de 7 de setembro, a presidente Dilma Rousseff anunciou que a conta de luz ficaria mais barata para consumidores e empresas a partir de 2013. A medida era uma reivindicação antiga da indústria brasileira para tornar-se mais competitiva em meio à crise global.
Para conseguir baixar a conta de luz, o governo precisou "mudar as regras do jogo" com as companhias concessionárias de energia, e antecipou a renovação dos contratos que venceriam entre 2015 e 2017. Em troca de investimentos feitos que ainda não tiveram tempo de ser “compensados”, ofereceu uma indenização a elas.
Algumas empresas do setor elétrico ofereceram resistência ao acordo, alegando que perderiam muito dinheiro.   
Desde o anúncio de Dilma, as ações de empresas ligadas ao setor passaram a operar em baixa na Bolsa de Valores, e algumas chegam a acumular queda de mais de 40% em dois meses. Com isso, o setor elétrico, que era historicamente atrativo por ter resultados e dividendos estáveis ou crescentes mesmo em crises econômicas, passou a ser alvo de desconfiança de investidores desde então no mercado acionário brasileiro.

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