Em meio a tantos produtos brasileiros exportados para a China,surgiu,recentemente,um novo objeto do desejo que não faz parte das nossas riquezas naturais,nem da cultura agrícola.Trata-se do popular jegue nordestino.Há cerca de um mês,um acordo entre os dois países liberou o intercâmbio de asnos-animais também conhecidos como burros e jumentos,que são largamente utilizados na indústria de alimentos e na de cosméticos daquele país.
Os Chineses pretendem importar 300 mil jumentos do Nordeste,onde o animal é encontrado em abundância.Além de movimentar a economia local,a iniciativa ainda vai resolver o problema de excesso de oferta de jegues na região.Com as facilidades de financiamento,houve um crescimento muito grande do uso de motos para o transporte local e os jegues estão perdendo espaço para a concorrência.
Em junho de 2011,um grupo de empresários chineses percorreu o Nordeste,desde a Bahia até o Rio Grande do Norte,conversando com fazendeiros e políticos.Aos políticos locais,o grupo propôs um programa de garantia de compra dos burros a preços de mercado,envolvendo até linhas de crédito,por meio de um sistema batizado de Projegue.Mas o projeto ainda não deslanchou.A China abate 1,5 milhão de burros ao ano,produzidos no país,na Índia e na Zâmbia.O processo envolve tecnologia de ponta,com melhoria genética,cuidados na produção de alimentos específicos e assistência técnica.
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