A volta da Bahia ao horário de verão, após oito anos, colocou em lados opostos patrões e empregados.
A
pedido de empresários baianos, o governador Jaques Wagner (PT)
solicitou à presidente Dilma Rousseff que incluísse o Estado entre os
que adiantaram em uma hora o relógio. A mudança no horário começou na
noite passada e vai durar até fevereiro de 2012.
A
alegação de industriais e comerciantes da Bahia é que ficar em um fuso
diferente dos Estados do Sudeste traz perdas nos negócios. O Fórum
Empresarial, entidade que reúne 21 organizações patronais, afirma que a
diferença prejudica operações bancárias e de câmbio.
Mas
a medida desagradou sindicatos, que alegam que os trabalhadores, saindo
de casa mais cedo, ficam mais expostos ao risco de assalto.
O
governador contra-argumentou afirmando que a incidência de crime é
maior no final do dia quando, com o horário de verão, haverá
luminosidade maior.
Um
dos focos de insatisfação com a inclusão da Bahia entre os Estados que
adotaram o horário de versão são motoristas e cobradores de ônibus de
Salvador.
O
sindicato da categoria afirma que boa parte dos 22 mil trabalhadores do
setor serão castigados pela mudança porque terão dificuldades de dormir
uma hora mais cedo para começar a trabalhar de madrugada.
Muitos
motoristas saem de casa às 2h30 e agora terão de sair ainda mais cedo.
Será que o relógio biológico também adianta uma hora?, diz o presidente
do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, Manoel Machado Neto.
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