Foi realizada, na última
segunda-feira, no espaço da Câmara Municipal de Curaçá, a primeira Audiência
Púbica para tratar das problemáticas referentes às demarcações territoriais
entre Curaçá e Uauá. Os trabalhos foram conduzidos pelo presidente do Legislativo,
vereador Valberto Matos e contou com a participação do prefeito de Curaçá,
Salvador Lopes Gonsalves, do Secretário de Desenvolvimento Rural, Francisco
Cândido, representante do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Curaçá, Projeto
Mata Branca, além de diversas representações de Associações localizadas na área
em questão. Os vereadores Januário Brandão, Theodomiro Mendes e Flamber Feitosa
também se fizeram presentes.
Na oportunidade, representantes
das localidades sintetizaram a situação existente na área, dando conhecimento
dos conflitos que já começam a existir, desencadeados pela falta de clareza nas
limitações dos municípios e solicitando providências das autoridades para sanar
o problema.
Valberto
Matos, Presidente da Câmara, informou aos presentes que, entidades como o IBGE,
SEI – Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia, Prefeitura e
Câmara de Uauá e outras, também foram convidadas para participarem da
Audiência. Também deu conhecimento do recebimento de abaixo assinado, com 261
assinaturas de moradores daquela região, no qual expõe a intenção em confirmar
os limites em obediência a lei Nº. 1.866/1926 e modificada pela Lei n°626 de
1953, publicada no D.O de 19/02/1954, em que coloca a área em questão como
pertencente ao município de Curaçá, além do recebimento de ofício respondido
pela SEI, no qual esclarece que, quanto à demarcação dos limites entre Curaçá e
Uauá, que existe a necessidade de definição de um acordo diante das dúvidas
existentes para se propor a atualização negociada, sendo recomendável que os
dois municípios produzam documentos que julgarem apropriados para comprovar a
prestação de serviços básicos ou a exploração de atividades econômicas nas
áreas que hoje administram.
As
discussões se estenderam em relação às providências a serem tomadas, e ao final
da Audiência, ficou acordado que, entre as medidas, será enviado oficio
assinado pelas autoridades e representações presentes, encaminhado às entidades
relacionadas com a causa, como a SEI, Assembléia Legislativa da Bahia, Comarcas
dos dois municípios, informando toda situação existente, as ameaças de conflitos
nas comunidades, a realização da Audiência, e solicitando que sejam tomadas as
providências necessárias, para garantir a tranqüilidade no local e, em tempo, o
esclarecimento das linhas demarcatórias.
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