O termo bullying
ainda é pouco conhecido em nossa sociedade, mas atualmente vem despertando cada
vez mais o interesse de profissionais das áreas de saúde e educação. Origina-se
da palavra inglesa bully, que
significa valentão e trata-se de um
comportamento agressivo, repetitivo e intencional que acontece em vários
ambientes, inclusive nas escolas. Tais
atitudes ocorrem sem motivação específica ou justificável e são exercidas por
um ou mais indivíduos, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem
possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma
relação desigual de força ou poder, seja pela situação socioeconômica, idade,
porte físico etc. No contexto
escolar, o bullying é praticado por
meninos e meninas em escolas públicas e particulares.
Formas de bullying:
física (chutar, bater, empurrar), verbal (ofender, colocar apelidos pejorativos),
psicológica (intimidar, humilhar, chantagear), material (furtar, estragar,
roubar), sexual (abusar, assediar), cyberbullying
(bullying realizado através de celulares, internet etc). As consequências
para quem é vítima de bullying
depende de cada indivíduo, sua predisposição genética, vivências etc. No
entanto, as vítimas podem levar marcas profundas ao longo da vida e necessitarem
de ajuda profissional (psicólogo e/ou psiquiatra) para superar o problema. Baixa autoestima, ansiedade generalizada,
depressão, fobia escolar, desinteresse pela escola são algumas das possíveis
consequências. Em casos mais graves homicídio e suicídio.
É
importante destacar que muitas escolas não admitem a ocorrência do bullying
entre seus alunos por desconhecerem o problema. Na maioria das
vezes, as vítimas não relatam aos pais e professores o sofrimento vivenciado na
escola por sentirem medo ou vergonha.
Professores, diretores e demais funcionários devem reconhecer a existência
do fenômeno e agir precocemente intervindo assim que identifiquem a existência
de bullying, acionando os pais de
vítimas e agressores. Psicólogos atuando no contexto escolar podem contribuir
para o desenvolvimento de estratégias de intervenção e prevenção que envolva
todos os atores escolares. Por outro lado, os pais devem observar o
comportamento de seus filhos e manter um diálogo com eles. Sabemos que toda
criança e adolescente tem o direito de frequentar uma escola capaz de gerar
cidadãos que respeitem as diferenças. Devemos conhecer e prevenir o bullying escolar e contribuir para a
promoção de uma cultura de paz nas escolas.
(Com informações extraídas de “Bullying - Cartilha 2010 – Projeto
Justiça nas Escolas”)
Quer sugerir algum tema? Envie um e-mail para
paulanbs@outlook.com
Paula Nayara Bezerra
Psicóloga CRP-03/9980
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