21 de dez. de 2011

MANIFESTAÇÃO EM FAVOR DA ASA PAROU A PRESIDENTE DUTRA EM JUAZEIRO

Uma manifestação reuniu na última terça, 20, na Ponte Presidente Dutra, em Juazeiro, aproximadamente dez mil agricultores em favor da Articulação do Semi-Árido Brasileiro (ASA). O objetivo da passeata era de criticar o rompimento da parceria do órgão com o Governo Federal, além de criticar a mudança das cisternas atuais, feitas de alvenaria, para de plástico.
A passeata saiu da orla nova de Juazeiro com sentido a catedral de Petrolina. A Ponte Presidente Dutra foi a mais afetada, pois teve seu tráfego totalmente parado pelos manifestantes. O engarrafamento causado pela passeata chegou, em Juazeiro, até  proximidades do bairro Castelo Branco.
Segundo Glória Batista, coordenadora executiva da ASA, a passeata é uma articulação de agricultores e organizações em favor da (ASA), que protesta contra o fim da parceria da ong com o governo federal. Além disso, a mudança da cisterna também é um dos motivos da passeata. “As cisternas de plástico não estão adaptadas ao ambiente semi-árido. Elas são bem mais caras”, conclui.
O governo Federal rompeu a parceria com a Articulação do Semi-Árido que já durava oito anos. Esse rompimento pode prejudicar, segundo carta oficial divulgada pela ASA, dois dos principais programas de acesso a água realizados pela parceria: Programa Um milhão de Cisternas (P1MC) e Programa Uma terra e Duas águas (P1+2).
O programa P1MC já construiu ao longo desse tempo mais de 300 mil cisternas, segundo informações do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Segundo o ASA, 1.076 municípios e 12 mil pedreiros foram beneficiados.
Como rompimento, a ASA teria que negociar diretamente com os estados e municípios, que agora tem a prioridade no recebimento dos recursos. O outro ponto bastante questionada pelo ASA, é o fato da mudança das cisternas de alvenarias, produzidas com material das próprias comunidades e trabalho agricultores, por cisternas de plástico, que atenderiam aos interesses de empresários que não compreendem o contexto semi-árido.
Segundo o agricultor Raimundo Nonato, de Santa Filomena e que estava participando da passeata, a cisterna de alvenaria é muito melhor que a de plástico, pois ela pode ser consertada. Maria Givaneide, agricultora, acredita que a ruptura da parceria é um retrocesso nas lutas da categoria.
Para Raimundo Fábio, assessor do Irpaa, essa quebra de parceria é um retorno a indústria da seca. Ele acredita que a atitude do governo federal esteja ligada aos recentes problemas enfrentados por Organizações Não Governamentais (ONG). Ele diz que não há como afirmar quantas pessoas seriam prejudicas com essa mudança, mas acredita numa quantidade aproximada de 2 milhões de pessoas em todo o semi-árido.

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