Negromonte
já foi avisado. Por enquanto, ele se faz de surdo. A presidente Dilma
Rousseff não descarta uma minireforma ministerial antes de dezembro. E o
ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP), está na mira da chefe. O
motivo maior fica por conta do desgaste da pasta, pela imprensa.
Ele
já foi acusado de privilegiar suas bases eleitorais na Bahia, sua
mulher, que é prefeita teria contrato com uma empresa de fachada com
dinheiro federal e, por último, surgiu agora uma denúncia de nepotismo.
O
ministro tem uma irmã e uma sobrinha ocupando cargos de confiança na
estrutura do Ministério das Cidades. Teoricamente, nepotismo. Ocorre que
os parentes – nenhum deles concursado – já estavam lá antes da chegada
de Negromonte ao governo. Ao assumir, o ministro consultou a Comissão de
Ética Pública e a consultoria jurídica do Ministério sobre a situação e
obteve dos dois órgãos o aval para a permanência dos parentes nos
empregos. Existe uma lei que proíbe a nomeação de parentes, mas ela nada
sobre mantê- los nos cargos no cargo. A disputa interna que vai aos
poucos empurrando Negromonte para o cadafalso se repete também no
Ministério do Trabalho.
Com
a reforma ministerial anunciada para 2012, a presidente terá a
oportunidade de montar sua própria equipe. Muito dos personagens
envolvidos nos escândalos foram herdados ou indicados por compromissos
assumidos ainda durante a campanha presidencial. Isso ficou mais uma vez
demonstrado na semana passada, com a nomeação do desconhecido deputado
Gastão Vieira para o lugar de Pedro Novais no Turismo.Ele saiu do mesmo
ninho do antecessor, o PMDB do Maranhão, e entende tanto de turismo
quanto o antecessor – ou seja, nada.Ambos foram apadrinhados pelo mesmo
figurão, o senador José Sarney.
Com informações da veja.abril.com.br
Edição de 21 de setembro de 2011
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