A imagem de um casal que morreu abraçado no colapso de um edifício em Bangladesh chocou o país e foi reproduzida ao redor do mundo; a imagem foi registrada pela fotógrafa e ativista Taslima Akhter, que disse à revista Time não conhecer as vítimas, apesar de buscar informações sobre o casal. Nesta terça-feira, 10 de maio,autoridades confirmaram que o número de mortos já passa dos mil.
As equipes de resgate continuam recuperando corpos entre a massa de escombros que, segundo as autoridades, é cada vez mais complicado de identificar por causa de seu avançado estado de decomposição.
O imóvel, de nove andares e que abrigava cinco oficinas têxteis que produziam roupa e acessórios para marcas estrangeiras famosas, desmoronou no dia 24 de abril no subúrbio industrial de Savar.
Segundo dados oficiais, a tragédia causou também 2.437 feridos, um número que permaneceu inalterado desde a semana passada, pois os serviços de resgate já não encontram mais sobreviventes.
A ONU pediu às firmas mundiais de roupa que melhorem as condições dos empregados que têm em Bangladesh, um país que conta com mais de quatro milhões de trabalhadores do ramo e cerca de 5.400 fábricas têxteis.
O Governo, que atualmente está preparando uma minuta para emendar a Lei do Trabalho que poderia representar algumas leves melhoras nas condições trabalhistas dos trabalhadores, fechou nos últimos dias 18 oficinas por motivos de segurança.
No último meio ano foram registrados quatro graves acidentes com vítimas em Bangladesh - três incêndios e um desmoronamento - em fábricas do ramo, o último deles um incêndio ontem em um bairro de Daca que causou a morte de sete pessoas.
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