19 de abr. de 2013

REASSENTADOS DE ITAPARICA FAZEM AUDIÊNCIA PARA COBRAR AÇÕES DA CHESF

Agricultores familiares dos projetos de irrigação Itaparica, em Pernambuco e na Bahia, realizarão nesta sexta-feira (19) uma audiência pública em Santa Maria da Boa Vista (PE), no Sertão do São Francisco, para protestar contra o não cumprimento do acordo feito entre as famílias reassentadas e a Codevasf. A audiência começará às 9h, na AABB da cidade.
Segundo o coordenador do Polo Sindical do Submédio São Francisco, Admilson Nunes de Souza, a proposta é denunciar o descaso do Governo Federal, já que a Codevasf não vem cumprindo com o que foi acordado.
“Não foi encaminhado nada daquilo que foi acordado, a exemplo dos convênios de assistência técnica aos reassentados dos projetos. E, para completar, desde janeiro deste ano, os contratos existentes foram suspensos”, explica Admilson.
A expectativa é de que 1.500 pessoas participem da audiência, entre reassentados, líderes sindicais, diretores da Fetape, além de vereadores, deputados federais, estaduais, senadores e integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Pernambuco.
O acordo
O acordo foi firmado em março de 2012, quando cerca de 700 agricultores familiares reassentados nos projetos de irrigação de Itaparica PE/BA ocuparam a sede da 3ª Superintendência Regional da Codevasf para exigir que suas reivindicações fossem atendidas.
Os manifestantes conseguiram entrar em acordo com representantes da Companhia sobre alguns pontos da pauta, a exemplo do reconhecimento, por parte da Chesf e Codevasf, de que o Polo Sindical dos Trabalhadores Rurais do Submédio São Francisco fosse o interlocutor legítimo dos reassentados para a retomada da discussão do Programa de Transferência da Gestão dos Perímetros de Itaparica.
A área inundada pela usina, no ano de 1986, formou o Lago de Itaparica, que se estende por 150 km e cobre uma superfície de 83.400 hectares dos estados da Bahia e de Pernambuco. Com a construção do empreendimento, foram reassentadas aproximadamente 11 mil famílias que moravam na localidade, das quais 4,6 mil (cerca de 21 mil pessoas) na zona urbana e 5,9 mil (cerca de 19 mil pessoas) na área rural - entre essas 200 famílias indígenas da tribo Tuxá.

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