22 de set. de 2012

PREFEITO DE CHORROCHÓ É AFASTADO MAIS UMA VEZ, EM SEU LUGAR ASSUME O VICE

O prefeito de Chorrochó, Humberto Gomes Ramos, que permanecia no cargo devido a liminar, acusado de irregularidades administrativas, foi afastado na última sexta-feira, 21, por decisão do juiz Cláudio Santos Pantoja Sobrinho, Designado da Vara da Fazenda Pública da Comarca da Cidade,  restabelecendo os efeitos de decisão liminar proferida antes pelo então Juiz Antônio Henrique.

A liminar atende a requerimento formulado pelo MP, através da Promotora de Justiça, Dra. Luciana Espinheira da Costa Khoury, argumentando que o recurso interposto por Humberto, que suspendeu o seu afastamento, foi julgado improcedente no dia 18 último pelo TJ/BA, restabelecendo os efeitos da decisão liminar de afastamento antes proferida.

Segundo consta da decisão, um Vereador do município, Luís Alberto de Menezes, desempenhando a atividade fiscalizadora das contas prestadas pelo gestor junto ao Tribunal de Contas dos Municípios, teria detectado irregularidades na celebração de contratos de prestação de serviços por parte da municipalidade, um deles, inclusive, celebrado no ano de 2008, com uma pessoa já morta, Celestino Pires do Nascimento, falecido no ano de 2005, além de um outro firmado com um terceiro, Antônio Carlos dos Santos Nery, que nunca teria tido qualquer relação contratual ou negocial formal com o município de Chorrochó.
A decisão inclui ainda, o afastamento dos assessores  Tereza Cristina Lima de Sá Cruz e Walney Elpídio da Silva.


No mesmo dia, na Câmara Municipal, assumiu o vice-prefeito Paulo de Baião, que já cumpre agenda administrativa neste final de semana.
O prefeito afastado, Humberto, já se encontra na capital do Estado recorrendo da decisão 

Posse de Paulo de Baião

Um comentário:

  1. O prefeito caiu ao apagar das luzes de seu mandato. E caiu porque tem amigos demais e adversários “de menos”. Enquanto exercia a chefia do Poder Executivo cercava-se de assessores, admiradores, pedintes, súditos, puxa-sacos e outros penduricalhos mais, de sorte que se sentia confortavelmente protegido. Mas quem protege o homem é o seu caráter e não a multidão que lhe cerca. A esperteza do prefeito Humberto voltou-se contra ele próprio, virou bicho e o engoliu. E o seu papel, doravante, será cuidar da digestão. E a digestão passa, necessariamente, pelo risco de cair no abismo da chamada lei da ficha limpa que, embora hipócrita e discutível, poderá alijar-lhe do processo político por alguns anos. Hoje o que menos lhe interessa é o restante do mandato. Seus competentíssimos advogados certamente terão um trabalho hercúleo pela frente junto aos tribunais superiores, para reverter esta situação em grau de recurso.
    Todavia, tentáculos demais disfarçados de assessores e conselheiros, muitos até morando em outras cidades, somente prejudicam. E o prefeito Humberto sempre os teve muitos. Tentáculos é uma característica do polvo e não de homem público. A realidade de Chorrochó trouxe uma certeza: qualquer pessoa minimamente atenta às questões do município sabia que a situação do prefeito já há algum tempo vinha se deteriorando e tornando-o juridicamente insustentável, embora se mantivesse firme sob o ponto de vista político. As supostas irregularidades apontadas em suas administrações - e as considero supostas porque ainda estão “sub judice” - passaram a existir, dentre outras coisas, exatamente por ter sido adotado um entendimento ultrapassado, segundo o qual o prefeito pode tudo, inclusive caminhar pelo caminho da ilegalidade e carregando consigo seus tentáculos, muitos deles insignificantes e, em conseqüência, dispensáveis.
    Espero que o senhor Humberto Gomes Ramos consiga provar sua inocência nos tribunais, para o bem de sua biografia e da história de Chorrochó

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