8 de ago. de 2012

"O SERTANEJO É, ANTES DE TUDO, UM FORTE"

 
Debaixo do sol escaldante, em meio à caatinga de cor cinza é que sobrevive o sertanejo convivendo com os desafios que a seca lhe impõe.
Ele paga impostos e, mesmo com tantos desafios, Ele também produz e dá sua contribuição para o País. Digo que Ele também vota, aliás, é nessa época que mais é lembrado.
A foto retrata a atual realidade vivida pelo senhor Gilson Barbosa, produtor rural de 75 anos, morador da fazenda Serrania, distrito de Barro Vermelho que, diariamente,  revive essa cena.
A falta de recursos e alternativas menos árduas para conviver com a longa estiagem o torna vulnerável e sua rotina triste é escavar sozinho a sua cacimba, com a fé de encontrar um pouco de água para matar a sede que atormenta os seus animais.
Enquanto se gasta um absurdo para se manter CPIs, Copa do Mundo, Olimpíadas, Cachoeira, Demóstenes, obras eleitoreiras, etc e tantas propagandas pra mostrar o lado bonitinho, o brasileiro, assim como seu Gilson, é que sente o peso verdadeiro da falta de operância dos políticos do BRASIL.
A escassez de água provoca no sertanejo, situações de extremo desespero e sensação de total abandono. Ainda assim, vale lembrar Euclides: ''O sertanejo é antes de tudo um forte''. 
E a pergunta que não se cala: Será se a próxima gestão municipal, independente da sigla e/ou cor da bandeira,  vai valorizar a vida desses catingueiros, com políticas públicas voltadas verdadeiramente para atendê-los?

Elias Fonseca, com adaptação de Daniela Irinezi

2 comentários:

  1. A figura e as palavras são de impacto forte, tanto as do nosso editor quanto as de Euclides da Cunha, que montou sua grande obra litarária denominada de OS SERTÕES, sobre a carnificina que o governo imprudente de Prudente de Moraes imprimiu sobre os sertanejos. Quem teve o previlégio de ler a obra completa percebe a riqueza de detalhes que o autor é capaz de tecer, retratando o povo da antiga Canudos e vizinhança sempre enfatizando adjetivos que em sua grande maiorias chucros e descriminatórios. Não podemos deixar de lembrar que sua opnião diante dos fatos apresenta-se imparcial, como todo jornalista deveria ser. Alguns detalhes se perde na emoção do acontecido por parte dos leitores, tal como identificar naquela despretenciosa vila criou-se a primeira sociedade verdadeiramente COMUNISTA pós Karl Marx. O que Euclides não informou é que o exército era formado em parte, por soldados que lutaram contra os jagunços do Conselheiro em troca de moradia digna no Rio de Janeiro, os que sobreviveram voltaram para casa e na esperança da promessa ser quitada construiram barracos sobre os morros cariocas, que passaram a ser chamados ironicamente pelos ex-combatentes de MORRO DA FAVELA em alusão ao alto da favela, local de combate no arraial de Canudos, conta a história que a dívida nunca foi quitada.
    Dentro do texto acima percebemos outra dívida que preferimos enumerar.
    1- Quantos leitores enxergaram em seu Gilson seus pais ou avós limpando uma cacimba, e quem de vcs fazem ou fizeram alguma coisa para melhorar a situação de familiares que continuam nessa labuta?
    2- Quantos políticos falam da pobreza sertaneja e tentam ajudar com políticas efetivas para livrar esses sertanejos que já foram chamados de jagunços outro dia.
    3- Quanto é o orçamento anual da atual Secretaria de Desenvolvimento Rural do nosso muniçípio? Esses leitores que vivem se azunhando no facebook quando o assunto é POLÍTICA tem idéia do que dá para se fazer com 1,2 milhão destinado para os sofridos Gilsons com a dimensão do nosso interior, e que a proposta do Sr prefeito foi de apenas RS 900,000,00?
    4- Quantos dos leitores já se perguntaram se existe alguma técnica capaz de melhorar a vida de gente como seu Gilson, que insiste nesta UTOPIA sertaneja?
    5- Em Curaçá temos uma média anual de 430 ml de chuva por ano, bem mal destribuido e que esse ano foi ainda menor, é duro, porém o deserto mais seco do mundo fica no Chile e se chama Deserto de Atacama, se planta se colhe e se cria, como também é feito nos desertos de Israel e da Califórnia. Porém com uma pequena diferença, nesses casos os políticos copiaram o bons exemplos, optaram por fazer e resolver parte dos problemas, aquí preferem copiar o exemplo de Prudente de Moraes.

    Ticiano Félix

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  2. Primo, uma resposta perfeita para tantos questionamentos perfeitos,sem fujir da nossa linguagem, bem ai, na fazenda Serrania Dist. de Poço de Fora, há alguns anos atras tivemos a felicidade de viabilizar a perfuração de um poço artesiano comunitário, á mais ou menos duzentos metros da casa do Sr. Gilson, Jonas, entre outros, bem no centro da comunidade, o referido poço esta abastecendo água para os animais, e mais no inicio deste ano nós colocamos um novo catavento, pois o sistema já estava sucateado, agora os produtores tem que fazer a extensão da tubulação para as suas roças onde com certeza vai facilitar o manejo dos animais. adelson

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