Divulgado
com o termo genérico de "pagamento de pessoal ativo da União", decreto
assinado pela presidente Dilma Rousseff neste mês concede R$ 150 milhões
para aumento da verba de gabinete dos 513 deputados federais.
A
oficialização do reajuste ainda depende de um ato da Mesa da Câmara e
pode ocorrer antes do recesso parlamentar, cujo início está previsto
para o próximo dia 18 de julho.
Nos
bastidores, a expectativa é a de que o aumento seja de R$ 15 mil para
cada deputado, que conta hoje com uma verba de R$ 60 mil. Esses recursos
servem para a contratação de, no máximo, 25 assessores, chamados de
"secretários parlamentares".
Além
de serem contratados sem concurso, esses assessores podem atuar em
Brasília ou nos redutos eleitorais dos congressistas. Os salários deles
variam de R$ 664 a R$ 6,2 mil, além de receberem auxílio-alimentação de
R$ 741.
O
impacto nos cofres da Câmara para os próximos seis meses é estimado em
R$ 46,1 milhões, sem contar o pagamento do FGTS (Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço) e encargos previdenciários, o que elevaria a conta
para cerca de R$ 85 milhões.
Os
recursos para o aumento da verba de gabinete foram pedidos no final do
ano passado ao Ministério do Planejamento. O valor aprovado de R$ 150
milhões refere-se a todo o ano de 2012.
Como
a autorização do reajuste só veio agora e não pode ser retroativa ao
mês de janeiro, a Câmara terá margem para aumentar ainda mais a verba de
gabinete. A decisão sobre o excedente caberá à Mesa Diretora.
"Asseguro que não pode ser retroativo, só vale a partir do ato", afirmou à Folha o primeiro-secretário Eduardo Gomes (PSDB-TO).
DECRETO
O
decreto com a liberação do recurso foi divulgado no último 14 de junho
junto com a liberação de recursos para outras áreas, como Saúde e
Transporte. No total foram aprovados R$ 494 milhões em créditos
suplementares.
O
texto foi publicado no mesmo dia em que o presidente da Câmara, Marco
Maia (PT-RS), defendeu o reajuste da verbas dos deputados.
"Você
sabe que minha opinião é favorável, são servidores que não têm reajuste
há quase cinco anos, que têm salários mais baixos da Câmara, mas nós
temos um problema orçamentário", afirmou Marco Maia.
Além
da verba de gabinete e um salário de R$ 26,7 mil, cada deputado conta
com uma cota para o exercício do mandato, que varia de R$ 23 mil a R$ 33
mil, de acordo com o Estado de origem.
Fonte: Folha
Fonte: Folha
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