Em
2012 a Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil - SAVE Brasil, que é
uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos, voltada à conservação
das aves brasileiras e representa a aliança da BirdLife International no
País, iniciará a implementação
do Plano Nacional para a conservação da ararinha-azul no município de
Curaçá.
Boa parte desse plano é focada em atividades de sensibilização ambiental
e articulação de políticas públicas para a conservação do habitat da espécie,
visando a posterior reintrodução de exemplares de cativeiro. E no
dia 10 de maio, haverá reuniões técnicas em Brasília, de iniciação para o
lançamento do Plano. Na
ocasião, será lançada a música tema da campanha, a canção Brincadeiras
de Araras, de autoria do músico Fernando Ferreira, o Fernandinho Barbalha,
atual diretor de cultura do Município, que a interpretará no evento,
acompanhado de Adailton Sena, Fanilo Torres e Eldon.
É
o talento da terra sendo reconhecido, pois Fernandinho pode ser considerado
curaçaense, tanto pelos seus vínculos familiares, como pelos serviços prestados
ao Município. A você, Fernando, parabéns! E boa sorte aos outros músicos que
lhe acompanharão, pois fazem jus à sua escolha, pelo talento que carregam.
A história da Ararinha Azul se confunde com a de Curaçá
A ararinha-azul, Cyanopsitta spixii, foi
encontrada e coletada pela primeira vez por Johan Baptist von Spix, em 1819, em
Juazeiro, BA.
No
período entre 1985 e 1988, o ornitólogo suíço Paul Roth, percorreu extensivamente
os principais pontos onde havia informações de ocorrência da espécie, nos
estados de Tocantins, Maranhão, Piauí, Pernambuco e Bahia e efetivamente
localizou a espécie na natureza em 1986, com três exemplares selvagens vivendo
no Município de Curaçá – BA.
Durante
a estação reprodutiva de 1986/1987, o casal remanescente de ararinhas
estabeleceu ninho, e os filhotes foram retirados por traficantes, e ainda em
1987 um dos três exemplares adultos desapareceu. Na estação reprodutiva de
1987/1988, o casal reprodutor estabeleceu ninho, mas a fêmea foi capturada por
traficantes enquanto incubava os ovos, restando um único exemplar.
Em
1990, uma expedição organizada por L. C. Marigo e Francisco Pontual, com o
apoio do ICBP, percorreu os principais pontos de informações anteriores sobre a
ocorrência de , e localizou o último indivíduo ainda em Curaçá, no mesmo ponto
investigado por Paul Roth.
A
partir daí, em 1991, o CPRAA - Comitê Permanente para Recuperação da
Ararinha-Azul, criou o PROJETO ARARINHA-AZUL, no Município de Curaçá, com
a finalidade de estudar a ararinha-azul no campo, ou
seja, sua área de vida, padrões de deslocamento, alimentação e comportamento,
buscando preservar as áreas em que ela habita. Além disso o Projeto fazia um
trabalho de envolvimento da comunidade, para que as pessoas se identificassem
com a causa e participassem do trabalho de conservação.
Durante
o PROJETO ARARINHA-AZUL, foram realizadas inúmeras expedições de busca a
populações remanescentes desta espécie, sempre com resultado negativo.
Em
decorrência de corte indiscriminado de árvores da caatinga, aonde restam
apenas árvores mais jovens, não tão desenvolvidas e altas, e do tráfico
ilegal, o único representante da espécie em habitat natural desapareceu em
2000/2001.
Hoje, as últimas ararinhas vivem longe
de seu habitat, em cativeiro. No Brasil, restam apenas seis exemplares da ave:
três no Criadouro Conservacionista Fundação Lymington e a outra metade na
Fundação Zoológico de São Paulo. Ao todo, 68 ararinhas são oficialmente
registradas pelo programa de reprodução em cativeiro, coordenado pelo governo
brasileiro. A organização não-governamental Al Wabra Wildlife Preservation(AWWP),
do Qatar, e fundações na Espanha e na Alemanha fazem parte da iniciativa.
A Boa Notícia
Desde 2004, a Al Wabra desenvolve, no Qatar, um
programa de reprodução em cativeiro. Atualmente, a organização contabiliza 52
indivíduos. A boa notícia é que a ONG se prepara para reintroduzir algumas
ararinhas azuis na região de Curaçá (BA), onde, em novembro do ano passado,
adquiriu uma área de 2.200 hectares. Isso graças aos recursos investidos pelo
fundador da organização, o Sheik Saoud Bin Mohammed Bin Ali Al-Thani.
O trecho de mata em Curaçá que deve abrigar a
ararinha é considerado “o coração do centro de origem” da espécie. As florestas
ao longo de um riacho oferecem um dos únicos ambientes na região com cavidades
naturais para nidificação, e são também importante fonte de alimentos. A
fazenda era utilizada para a criação de cabras, gado e cavalos. Essas espécies
já foram removidas da propriedade e a vegetação, danificada pela pastagem, está
sendo recuperada. É um esforço para arrumar a casa, à espera do dia em que a
ararinha-azul volte a voar nos céus de Curaçá.
Parabéns fernandinho. Muito justo a escolha da música. Estaremos torcendo pelo seu sucesso. Levy e Soneide
ResponderExcluirPARABÉNS FERNANDINHO,
ResponderExcluirParabéns ao povo de Curaçá que vai receber denovo a Ararinha Azul vamos cuidar bem dela,
vai ser muito bom.PARABÉNS FERNANDINHO,