19 de jul. de 2016

EXPEDIÇÃO NÃO CONSEGUE ENCONTRAR ARARINHA AVISTADA EM CURAÇÁ

O Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a SAVE Brasil promoveram expedição a Curaçá, para tentar localizar o exemplar de ararinha-azul que teria sido visto voando livre na região. A expedição contou ainda com a participação do Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna Caatinga), além de pesquisadores brasileiros, estrangeiros e moradores locais. Oficialmente, a ave está extinta na natureza desde 2000.

“Durante dez dias, percorremos mais de mil quilômetros em diversos locais dos municípios baianos de Curaçá e Juazeiro em busca da ararinha-azul. Mesmo com a presença de renomados pesquisadores, incluindo o presidente da Parrots International, Mark L. Stafford, não conseguimos localizar o espécime”, afirmou o ornitólogo Paulo de Tarso Sambugaro Santos, do Cemafauna, que participou da expedição realizada entre os dias 29 de junho e 9 de julho.

O maior esforço foi empregado ao longo dos riachos Barra Grande e Melancia e também nas proximidades do local em que imagens da ararinha foram gravados por moradores. “As buscas foram reduzidas, mas uma voluntária do Projeto Ararinha na Natureza, continuará com os esforços junto aos moradores locais na tentativa de localizar a ave e obter o maior número de informações possíveis”, disse a ornitóloga Karlla Rios, também do Cemafauna.

Extinta na natureza

De acordo com a lista de espécies da fauna ameaçada, a ararinha-azul é considerada extinta na natureza desde o ano de 2000, devido, principalmente, à captura para o comércio ilegal e perda de habitat. Atualmente, existem cerca de 120 indivíduos da espécie em cativeiro, em projetos de reprodução no Catar, na Alemanha, na Suíça e no Brasil. Os pesquisadores estão otimistas e preveem as primeiras solturas de alguns indivíduos da espécie no ano de 2019.

Na última terça-feira (12) o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, assinou em Brasília-DF uma parceria com instituições nacionais e internacionais visando o fortalecimento de ações do projeto de reintrodução da ararinha-azul ao seu habitat, no sertão baiano.

A parceria viabilizará cerca de R$ 5 milhões para a construção do Centro de Reintrodução e Reprodução da Ararinha-Azul, em seu habitat primordial, ou seja, em Curaçá, na Bahia e será instalado na Fazenda Concórdia, com 2.380 hectares de área cercada, pertencente a uma das instituições parceiras, Lubara Breending Cener – Al Wabra (AWWP), do Catar.

Um comentário:

  1. não acredito nessa volta da ararinha depois de tantos anos.

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