O prefeito de Curaçá-BA Carlinhos Brandão enviou nota à imprensa se
defendendo da acusação de apropriação ilegal de recursos da Caixa Econômica
relativos a consignados de servidores do município na ordem de R$ 2 milhões,
mas após a leitura da nota no programa Nossa Voz Meio-dia da Rádio Boa Vista FM
nesta quarta (18) a procuradoria da Câmara de Vereadores de Curaçá se
pronunciou rebatendo a nota e ao mesmo tempo fazendo duras críticas ao
prefeito.
“Veja só, a Câmara de Curaçá
reiteradas vezes encaminhou requerimentos pedindo ao município que fornecesse
informações com relação a esses empréstimos consignados da Caixa Econômica que
nunca foram atendidos então o vereador Juninho do esporte encaminhou
diretamente à Caixa Econômica um documento solicitando informações sobre isso e
a Caixa respondeu que se tratava de onze meses em aberto no valor total de R$ 2
milhões e 500 mil reais, e aí a gente vê uma nota onde o prefeito fala que
optou pagar débitos anteriores e priorizar o salário dos funcionários. A gente
fica triste em vêr o poder público tentar usar os meios de comunicação pra
poder iludir as pessoas, os habitantes dessa, dessa cidade que é tão sofrida.
Se ele priorizou os salários como ele explica seis meses de salário atrasado
dos contratados? E se ele priorizou pagar os débitos anteriores e disse que
deixou de fazer repasses raríssimas vezes, como se totaliza onze meses de... de
não pagamento e ainda esse valor todo de R$ 2 milhões e 500 mil reais ?” questionou.
O procurador Pablo Lopes ainda disse que o vereador Júnior do esporte
vai encaminhar nota oficial dele explicando todo procedimento e também
documentos da Caixa com valores em aberto e proposta de pagamento que o
município fez.
“Veja só inclusive essas
denúncias que não é só referente aos empréstimos consignados, desde 2013 a
câmara de vereadores de Curaçá tem apresentado inúmeras de irregularidades da
gestão municipal, denunciaram a questão do desvio de recurso da merenda
escolar, de desvio de recurso do transporte escolar, a questão do programa leite
fome zero onde sumiram quase 58 mil litros de leite que era destinado a pessoas
carentes do município, denunciaram a questão de renúncia de receita,
denunciaram o dinheiro do Fundeb -60 que é destinado ao pagamento dos
professores que também ninguém sabe explicar onde esse dinheiro foi aplicado,
então o município desde 2013 tem sido apresentado inúmeras denúncias por parte
da câmara municipal ao ministério público federal, e agora a gente começa a vêr
que o ministério público federal está em ação, hoje viraram inquéritos civís e
indo a Caixa Econômica Federal acaba de virar processo desde que o juíz aceite
a denúncia feita pelo ministério público” acrescentou.
O procurador lembrou que a Câmara abriu CPI referente ao leite fome
zero, e o prefeito, a secretária de ação social, uma funcionária e o dono de um
laticínio foram indiciados, atualmente é inquérito civil no ministério público
federal.
Após as declarações do Procurador Pablo o prefeito Carlinhos não se
manifestou e nem sua assessoria.
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