Cansados de tanto andarem com os pires pedindo ajuda em Brasília, os prefeitos do Norte baiano decidiram fechar as portas das prefeituras para mostrar à sociedade a verdadeira situação de calamidade em que vivem as prefeituras.
Denominado de ‘Movimento S.O.S Municípios’, os prefeitos de Juazeiro, Sobradinho, Casa Nova, Pilão Arcado, Curaçá, Sento Sé, Remanso, Uauá e Canudos – que integram o Consórcio de Desenvolvimento Sustentável do Território do Sertão do São Francisco (CONSTESF) – estiveram reunidos nesta sexta-feira (25), em Juazeiro, com a imprensa quando apresentaram um diagnóstico sobre a situação em que vive cada município. O objetivo da coletiva foi mostrar as vísceras causadas pela política econômica do Governo Federal que a cada dia vem reduzindo os valores de repasses e aumentando as responsabilidades dos prefeitos em assumir mais despesas com projetos do próprio Governo Federal a exemplo das UPAS, PSF, Educação, dentre outros. Em vários municípios do Nordeste prefeitos estão desistindo de fazer convênios para a aquisição dessas unidades porque não tem a mínima condição de bancarem com a contrapartida.
“O nosso objetivo é pelo fortalecimento dos municípios. Não existe a mínima condições em os municípios continuarem nestas condições. O nosso movimento não é contra o governo e o Congresso, nós levantamos a bandeira em prol de uma melhor qualidade de vida”, relata o presidente do CONSTESF e prefeito de Sobradinho, Luís Vicente Berti (PDT).
O prefeito Carlos Brandão, o popular Carlinhos Brandão (PPS) se mostrou confiante no movimento. “Espero que isso sirva de alerta para o Governo Federal, porque ninguém consegue conviver numa situação dramática como esta. Já reduzimos ao máximos as despesas, inclusive com demissão de funcionários, caso os problemas continuem seremos obrigados a entregar as chaves das prefeituras”.
AP
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