A revista Época que chega às bancas neste final de semana acusa o
ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP), de usar o cargo para
arrancar patrocínio estatal para a Festa do Bode, evento tradicional
realizado na semana passada em Paulo Afonso, no norte do estado, e que
teria promovido interesses políticos de sua família. Após dificuldades
para conseguir patrocínio para a festa, organizada por uma cooperativa
capitaneada por Delmiro do Bode, ex-vereador do PP e cabo eleitoral de
Negromonte, o ministro teria entrado em ação para conseguir apoio para o
evento. Em outubro deste ano, o pepista teria telefonado para a Chesf
que, poucos dias depois, autorizou a liberação de R$ 70 mil para o
evento. A publicação traz imagens de cartazes da festa que foram
espalhados pelas ruas e estampavam o nome de Negromonte e do seu filho, o
deputado estadual Mário Filho, ao lado de logotipos de sete órgãos
públicos apresentados como patrocinadores. Segundo a revista, a exibição
do nome dos dois políticos no cartaz de um evento pago, pelo menos em
parte, com verbas oficiais materializa uma situação delicada para
Negromonte, já que a legislação brasileira proíbe a promoção pessoal no
exercício de cargos públicos e veda qualquer ato que possa ser
caracterizado como campanha eleitoral antecipada.
NOMES FORAM COLOCADOS NOS CARTAZES SEM AUTORIZAÇÃO, JUSTIFICA NEGROMONTE
O ministro Mário Negromonte (PP), se defendeu das denúncias da revista Época,de promoção pessoal e uso do cargo para patrocínio da Festa do Bode,
realizada no município de Paulo Afonso, no norte baiano. Procurado pela
publicação, o ministro confirmou ter telefonado para a Chesf, mas para
“dar um testemunho” da importância do tradicional evento, do qual
participa há muitos anos, e solicitar a análise da pretensão dos
organizadores, em tramitação na empresa. Quanto ao nome dele e de seu
filho nos cartazes, o pepista alegou que foram colocados “sem
autorização, sem solicitação e sem conhecimento prévio” de ambos.
Segundo Negromonte, a situação não configura promoção pessoal por ter
sido uma iniciativa indevida dos responsáveis pela festa.
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