29 de ago. de 2011

AMBULÂNCIAS DE LAGOA GRANDE SÓ TRANSFEREM PACIENTES SE ESTIVEREM LOTADAS, DENUNCIA VEREADOR

Após a veiculação de denuncias feita pela Caravana Cremepe/Simepe, composta por membros do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco, no programa Nossa Voz da rádio Grande Rio FM, sobre as condições dos hospitais nas cidades da região, a população de Lagoa Grande reiterou o relatório que aponta a unidade de saúde como deficitária no atendimento à população.

Segundo Fabrícia Raimunda, moradora da Rua Monteiro Lobato, distrito de Lagoa Grande, uma paciente que passou mal durante a madrugada retornou para casa sem atendimento porque o hospital estaria fechado. “Essa notícia sobre o hospital de Lagoa Grande é verídica. Um dia desses uma vizinha minha adoeceu na madrugada e aí foi lavada para lá, chegando no hospital você não imagina o que aconteceu. O hospital estava fechado, as portas estavam todas fechadas”.

Ainda segundo o relato da ouvinte, um outro conhecido seu teve problemas ao tentar o atendimento na unidade. “Outro dia, um irmão de igreja também foi com a filha dele. Entrou, o médico atendeu, fez a ficha. Mas quando chegou dentro da sala, o profissional disse que iria repassar o número do Samu para que a menina fosse atendida porque no local não era possível atender a pacientes de Izacolândia. E a criancinha estava com febre. O que restou foi orar a Deus para Ele fizesse a obra na vida da filha dele. A saúde de Lagoa Grande está na UTI”.

O vereador da daquela cidade, Erasmo Faria (PSB), reforçou a denuncia da ouvinte e acrescentou outras informações. Segundo o parlamentar, as ambulâncias que transferem os pacientes para Petrolina só seguem em viagem quando estão lotadas. “Eu quero agradecer a essa fiscalização que Cremepe fez em Lagoa Grande que chegou na hora certa. É verdade pura, quando o paciente chega ao hospital de Lagoa Grande, tem que ser logo transferido para Petrolina e o mais grave é que enquanto não se completa uma lotação a ambulância não se desloca. Aí é preciso esperar que adoeça mais um para poder transportar o outro, a menos que o caso seja de vida ou morte”.

O vereador ainda revela casos de suposta negligência médica no local. “O medico consultou uma paciente de 10 anos, depois que esta saiu do postinho porque não teve médico e o profissional não quis atender. A criança estava com febre, infecção de garganta e simplesmente quando chegou, a receita não tinha o nome da paciente e muito menos o nome e carimbo do médico. Então a gente acha isso um absurdo. Sobre essa parte de saúde, a cidade de Lagoa Grande está entregue as baratas mesmo”.

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